sexta-feira, 14 de agosto de 2015

::: Sonhar um sonho...


:: Sonhar um sonho...


"Respondeu-lhe o Senhor [Jesus]: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada." - Lucas 10:41,42


Quem nunca teve um sonho de ser mais alto, mais inteligente, mais rico, mais magro, mais poderoso, ou simplesmente um sonho de melhorar a aparência da casa? Mas, convido a você a um novo sonho: o sonho de sonhar mais.

No texto bíblico supracitado, vemos desvendados alguns segredos dos que só a Bíblia pode dar.

Primeiro, o poder de percepção de Jesus em ver a nossa "inquietude", nossa eterna ansiedade. Nada existe que passe aos Seus olhos.

Segundo, o fato de que Maria (a outra personagem da história - irmã de Marta), houvera escolhido a "boa parte" e que "não lhe será tirada". Interessante. Esta boa parte se resume em simplesmente estar junto ao Mestre, ouvindo-O, vendo-O, admirando-O. Um sonho ali presente: não lhe será tirada.

Interessante também que o próprio Jesus relata que "poucas coisas são necessárias", se referindo aos momentos de nossa ansiedade, e que Ele está incluso nestas "poucas coisas".

O que aprendo então? Bem, se o "poucas coisas" é estar com o Mestre (que pode TODAS as outras coisas), meu sonho agora é sonhar em estar cada vez mais ao Seu lado, e desfrutar com Ele todos os meus momentos da vida.



Tim Aragão
Seminarista/2004

:: Pastores de Quê? ::

:: Pastores – Por quê? ::

Somos os chamados “cristãos modernos” e ainda não entendi no quê nos modernizamos. Quanto mais os dias passam – e com eles o crescimento de toda modernização tecnológica, comunicativa e porque não cultural – menos se conhece um pastor, uma igreja, um cristão com pensamento desvinculado aos princípios mais arcaicos de um passado pobre, infrutífero, insosso e até impiedoso. Aliás, eu comecei este texto dizendo que somos chamados de cristãos modernos entre aspas, mas não me lembro também de alguém de respeito ter feito recentemente esta menção desconvalidada em alguma obra literária decente, haja vista a incoerência do fato em comparação com a realidade.

E não é preciso ir longe para conhecê-los: olha aí por perto ou até pra dentro de si mesmo e tente descobrir no quê estamos contribuindo para a “caída de escamas” dos olhos de nossa gente, para sua graduação no acompanhar da moderna globalização – que afeta (se é que se pode dizer assim) crentes e descrentes. Agora eu te pergunto: adianta o seu silêncio? Ou você acha que cedo ou tarde você não mais vai mais conseguir fazer de conta que ela não existe? Queridos, se nós não sabemos lidar com tais avanços, nossa igreja sabe. Mas sabe do lado errado. Por exemplo, a Internet se modernizou e alcançou tudo e todos. Qual a nossa interação disso? Os sites de teor evangélico ou teológico (de conteúdo cristão ou não) representa apenas 0,5% de todo conteúdo em massa da Net, contra os absurdos 78% de pornografia ou algo do gênero (daqui há alguns dias o Orkut faz parte desta soma, e aí será 99,99% de domínio). E você não sabe, mas todas suas ovelhas hoje em dia sabem de tudo isso e na prática. Ou seja, se você também não acompanha tais avanços, como pode cuidar destas “ovelhas do futuro”? Como convencê-las de uma navegação saudável se você não sabe o que é “saúde interativa” ? Como convencê-las a não assistir Malhação, Rebeldes e outras tendências, se não há a chamada “alternativa” ?

Raul Seixas viveu e morreu pregando o nascimento de tal sociedade que, se um dia surgiu, hoje talvez seja só lembrança. E não é isso que argumento aqui. Não é apenas questão de comprar o Pentium 4 Turbinado do ano e nem apenas lhe convencer a ser o mais novo hacker viciado em MSN e afins, mas, que tal começando a deixar de ignorar a existência de tais “males”?  Abrir  os olhos, despertar interesse, trabalhar por algo no sentindo, talvez até te faça despertar idéias de como ser útil e ser crente nisso tudo. Digo isso porque sei de sites maravilhosos, de conteúdo cristão ou apenas cultural mesmo, e em tudo há a possibilidade de adaptação, crescimento e maturidade.

Comece a lutar contra este preconceito (ou a favor da deixa deste). O problema é que colocaram em nossa cabeça que jogar bola, tomar sorvete na praça com mais novos, ou andar pelas ruas com um amigo mesmo que caia chuva sobre vocês é tudo idéia careta, ou que “um homem de respeito não se deve dar o luxo”. Balela. Quem inventou as regras? Quem disse o que é possível fazer para ser feliz? Alias, quem prometeu felicidade?

Acho que já sofremos calado o bastante para nos permanecer calado a todos.

Espero que vocês, estudantes e aspirantes ao Sagrado Ministério, possam ter me entendido.


Rev. Pedro Aragão
Fiz este texto enquanto era Seminarista/2004

:: Deus está online!! ::

:: Deus está Online!!  ::


O que diríamos se este grito ecoasse nas mesmas ondas onde trafegam bits, códigos binários e
pacotes diversos de protocolos? Como reagiriam os internautas, os hackers, os orkuteiros ou os curiosos de plantão?

Um dia certamente viverei a ilusão de abrir meus contatos MSNicos no Painel à direita e vê-Lo Online como quem procura alguém pra conversar. E nesta mesma ilusão, imagine só, eu certamente seria "tentado" a dar dois cliques, deixar a janela aberta, ver a foto (que imagino encontrar só ícone do bonequinho - típico de quem É misterioso) e aguardaria a coragem sair do meu cérebro e chegar aos dedos calejados de conversas banais e questioná-Lo sobre algo.

Neste mesmo imaginarismo, também imagino que não teria uma pergunta a fazê-Lo, mesmo tendo diante de mim, online, Alguém que tem TODAS as respostas. Iria rir um riso falso, porque sei que passei minha vida inteira relutando contra questionamentos sem respostas esperando um dia vê-Lo e saber de alguma coisa, mas agora, sinceramente, sou acometido de um vazio extremo e sem sabor. Vazio este que é o suficientemente cheio para conversas com amigos, paqueras, colegas. Mas com Deus isto não bastava. O que perguntar para Aquele que já até sabia qual seria minha pergunta? Ele que sonda todas as mentes (usamos o termo onisciente), que conhece o íntimo dos corações aflitos, e agora, está diante de mim, só meu?!

Madruga afora, Deus permanece conectado. Só lembrando que "é certo que não dorme o guarda de Israel" (Salmo 121:4); minha vergonha já se misturava com meu cansaço de estar tanto tempo diante da janela aberta sem diálogo algum, enquanto eu ia me despedindo dos outros tantos que, sem um assunto sequer, conversava cotidianamente.

E o que mais impressionava era a certeza de que Ele não sairia dali. Deus não ficaria Offline, ou Ocupado, ou Ausente, pois minha casa não é o inferno (lá talvez Deus estivesse no status "Invisível").

Perto do sol chegar (que ironia, Ele é o Sol da manhã!!), então me encorajo, já em meu status pseudo-offline (é o que a gente faz quando não quer falar com alguns chatos de plantão), e enfim escrevo algo, em letras pequenas, na fonte Comic Sans de cor azul em leve negrito:

"Deus, já estou saindo. Tenha um ótimo dia."

E antes que tivesse alguma resposta, desliguei o computador na sensação de estar cometendo pecado pior dos que os de costume. E na cama, já no travesseiro, no último suspiro, sai a quase oração: "Me perdoa, Deus. És grande demais para mim."


Rev. Pedro Aragão.


:: A Sistemática do Sermão ::

:: A Sistemática do Sermão ::


                Em um de seus famosos discursos, o reformador Martinho 
Lutero disse que um sermão sem unção endurece os corações das 
pessoas; João Calvino disse que o púlpito é o trono na terra 
onde Deus governa o seu povo; O metodista piedoso do século 
passado Geni Balds, disse que homens mortos tiram de si sermões 
mortos, e sermões mortos matam; O grande tribuno brasileiro 
Antônio Vieira, disse que nós precisamos pregar aos ouvidos que 
pregar aos olhos; O dr. Martin Lloyd Jones disse que a pregação 
é a maior necessidade da igreja, e conseqüentemente, a maior 
necessidade do mundo; Na linguagem da viúva da Sarepta: a 
Palavra de Deus precisa ser verdade na nossa boca .

A prática da pregação (ou sermão) é o principal instrumento de 
poder que a igreja (na pessoa do pregador) possui para o ensino 
público sobre verdades espirituais e/ou sociais com a 
finalidade única de que seja mostrada, a partir do ensino 
bíblico correto, os caminhos sadios e corretos para se alcançar 
tais verdades. O pregador precisa ser um homem escolhido de 
Deus para fazê-lo.

                Em nossas igrejas existe um mito, que um bom pregador é 
um bom pastor. Um bom pregador não precisa ser necessariamente 
um bom pastor. Nem vice-versa. Existem excelentes pastores que 
não têm relevante potencial na oratória, assim como, existem 
ainda brilhantes pregadores que não têm muito tato e domínio 
para o acompanhamento de um determinado rebanho. A verdade é 
que todos nós confundimos a idéia de ser um “bom pastor” como 
sendo um “bom pregador”, ou o contrário, mas o que precisamos 
nos lembrar é que nem todos os pastores e pregadores têm, ao 
mesmo tempo, um bom domínio simultaneamente na arte de pregar e 
também na prática pastoral. E uma coisa não precisa ser ligada 
à outra. Desde que este “bom pastor” saiba ministrar a Palavra 
de Deus de forma clara, sadia, com seriedade e sem 
“invencionismos”, certamente ele será bem sucedido (não havendo 
queixas) em seu ministério; bem como o “bom pregador”, bastando 
saber dar atenção, ouvir as ovelhas de seu rebanho, zelar pela 
ordem da igreja e do culto, for responsável e em tudo ser 
íntegro, certamente também será bem sucedido. Mas é claro que 
gostaríamos que o nosso pastor fosse sempre um excelente pastor 
e um exímio pregador, daqueles que arrasta multidões e coloca 
até pedra pra chorar! Bom seria se sempre conseguíssemos tal 
acerto, mas o que não se pode admitir é quando um pastor não 
saiba nada sobre pastorear o rebanho e ainda quando sobe ao 
púlpito é um total desastre. Este, certamente está no caminho 
errado e dificilmente acreditaríamos que fora chamado por Deus 
para o exercício do ministério pastoral.

O que não podemos nos esquecer é que, mesmo que o pregador não 
seja uma pessoa de total know-how para isso, é imprescindível 
que ele se dedique ao estudo bíblico para seu sermão. Pastores, 
presbíteros, obreiros, diáconos, evangelistas, seminaristas..., 
enfim, não podemos aceitar como desculpa o “ser ou não ser” 
chamado para a boa prédica quando temos a responsabilidade de 
ensinar a um determinado público. E inclusive existe uma 
ciência que é a responsável pelo ensino da prédica e oratória, 
que é a HOMILÉTICA, mas não entrarei em detalhes sobre o termo 
e a ciência, nem tão pouco sobre comportamento em público. O 
que deveríamos (falo como pregador também) estudar é justamente 
sobre algumas técnicas básicas para a construção de um sermão, 
dentro dos princípios que aprendemos oriundos da reforma 
protestante, sobretudo, a Sola Scriptura.

Aos pregadores, pastores ou não, o meu desejo é que tudo seja 
feito com total zelo, amor e dedicação, e em conformidade com 
sua linha doutrinária, e em tudo, que toda honra seja dada a 
Deus, que através da pessoa de Jesus Cristo, nos proporciona 
hoje poder levar a luz de Sua Palavra aos ouvidos dos que “têm 
ouvidos para ouvir.”

[1] Existem citações de Hernandes Dias Lopes, sobre "A arte do 
sermão expositivo".



Pr. Pedro Aragão

Dúvida Teológica....e a Bíblia Responde


::: Este texto é uma conversa via email que tive com um colega de trabalho em uma das empresas que trabalhei em Salvador.

Eu chamaria este texto de "A Bíblia Responde"...

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Grande Pedro,

Tudo bom? Tenho uma dúvida teológica. Serei bem objetivo meu amigo, já que tempo aqui na empresa é algo precioso;

Segue:

Se um filho for criado num ambiente de amor, de paz e de comunhão com Deus ele será sempre bem visto pelos seus pais. Por maior que seja o nosso senso de justiça, por mais justo que sejamos, se um filho nosso errar, mesmo reconhecendo o erro dele, mesmo que saibamos apontar a sua falha, seguramente iremos perdoá-lo (obviamente existem as exceções, mas de forma geral procedemos dessa forma). Isso porque apesar de sermos seres humanos, e portanto passiveis de erros, apesar de às vezes alimentar o coração com sentimentos grosseiros, o amor por nossos filhos é algo muito especial.

Sempre ouvi falar que Deus Pai é Amor. Ele não é o amado, o que ama ou o que vive em função do amor. “Ele é o próprio Amor”. Sendo assim, nunca consegui compreender por que os seus filhos que viviam em Sodoma e Gomorra foram vítimas da sua justiça. Eram pessoas consideradas más, porém eram seus filhos e mesmo assim foram mortos. O que sei é que Ló e sua família foram salvos por serem considerados seres mais puros, porém eram tão filhos do Pai quanto os que morreram.

Perguntas:

1) Que justiça é essa que mata o seu próprio filho?

2) Acredito que a catástrofe de fato aconteceu e infelizmente com várias vítimas. Também não duvido que Ló tenha sido salvo após ter recebido a visita de um anjo enviado por Deus. A pureza do coração de um homem o deixa sem duvida mais próximo do Pai. Mas será que tudo não se passou de uma interpretação errada? Que tenha sido atribuído a Deus um feito que não condiz com o Amor?

3)  Se o Pai pode tirar a minha vida em nome da Sua justiça então onde fica o livre arbitre?


Obs.: Espero ter sido claro. Quando conversarmos poderei me explicar melhor, mas acredito que essas palavras são suficientes para você ter uma noção de uma de minhas dúvidas.


Grato pela sua dedicação meu querido,
J. (sua identidade foi preservada)

(Maio de 2009)

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Caro amigo, segue uma breve explicação para dúvida, na verdade, o meu pensamento sobre estas questões.

Eu entendo seu ponto de vista a respeito da sua descrição de "Amor" (sobre o fato de Deus ser Amor), até porque, desde pequeno, todo mundo sempre me passa este mesmo conceito sobre Deus e sobre Seu Amor, e inclusive também, esclarecer outras célebres afirmações, como a que "somos todos filhos de Deus", e acho justo te trazer uma explicação mais coerente e bíblica de tudo isso.

Bem, eu preciso primeiro esclarecer a questão de que "somos filhos de Deus". A princípio esta afirmação é falsa. Acredite, ela não é verdadeira. Para entendermos isso, podemos tanto sermos "bíblicos" (só nos basearmos na Bíblia) ou sermos "lógicos" (usarmos apenas a razão). Biblicamente falando, o homem não é filho de Deus, e sim, apenas mais uma criação de Deus. Observe que, no livro de Gênesis, onde relata a criação de todas as coisas, narra a criação do Céu, da terra, das estrelas, do mar, do homem e da mulher. Não existe aqui a idéia de "parto", ou "nascimento", portanto, não existe a co-relação Pai-Filho aqui. É bem verdade que o homem é a excelência da criação (de todos os seres que Ele criou, somos os únicos com intelecto para raciocinar, decidir, sentir), mas isso não nos dá o direito de pensarmos em sermos mais especiais, filhos dEle. Infelizmente, esta é a verdade. E até no sentido racional, a idéia de Filho não é somente ligada a idéia do Pai, mas também da Mãe. E quem seria?? Com quem Deus teria "coabitado" para nos "gerar"? Então, a idéia de que somos Filhos seus deve ser descreditada. Mas, apesar disso, Deus é Amor. Mas não porque somos seus filhos, mas porque Ele é Amor por ser. E não somente a nós, mas a tudo o que Ele criou. Ele também tem amor às árvores, aos pássaros, ao mar. E assim como a todos estes seres, nós humanos também deveríamos, como "criaturas", venerar o Criador. E assim acontece apenas parcialmente. É aí onde entra a resolução. Pois, Deus fez todas as coisas para adorá-Lo, TUDO mesmo deveria adorá-Lo (como criatura, todos deveriam fazer isso, concorda?). E Davi quando escreve o Salmo 19 diz: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos". Ou seja, isto significa que a criatura inanimada O-Adora! Agora, o homem, é o único ser que "optou" por fazer diferente disso: alguns adoram e outros não. E isso nos desqualifica como seres.


Então, meu caro, isto, em tese, causou o que chamamos na teologia de "A ira de Deus contra a criação". Pois, desde Adão (após sua queda), o homem passou a um estado de desobediência tal, que é o único de todos os seres que é vítima de suas próprias atitudes (daí nasceu-se o livre-arbítrio). E então, o ser humano tornou-se o lado negativo da criação, levando consigo a responsabilidade hereditária de seus erros e sua desobediência. Adão tinha infinitas opções para fazer, para ser, para ter, mas optou em desobedecer, e assim, a desgraça assolou-se de maneira tal, que a terra passou a ser maldita por isso (acredita-se piamente que, antes do primeiro pecado, não existiam vermes, doenças, fungos, dores, etc.).


Mas, será que tudo está perdido então? É simplesmente assim? Somos malditos e pereceremos para sempre e pronto? A resposta é NÃO. O próprio Deus encarregou-se de propor um arrependimento geral a todos os povos, após tentar de várias formas, como usando seus profetas, seus anjos, e até Ele mesmo "desceu" aqui algumas vezes para nos alertar. Mas, como todas as tentativas foram frustradas, aprouve a Ele a loucura de enviar Seu próprio Filho, como diz a Bíblia, o Seu ÚNICO FILHO (Evang. de João 3:16, o que reforça minha tese), para que "todo aquele que em Cristo crer, não pereça, mas tenha a vida eterna." Pois é, meu caro, foi com o nascimento de JESUS CRISTO que Deus propôs fim ao nosso martírio eterno. Se não fosse por Cristo, seríamos malditas criaturas na terra para sempre, como diz Pedro em I Pedro 1:3.


E o maravilhoso é que, com a vida e morte de Jesus Cristo, o Messias esperado, Deus deu pra gente uma outra grande bênção: Deixarmos de ser Suas criaturas e passarmos a ser Seus Filhos!!! Veja o que o Evangelista João diz em sua epístola (carta):

"Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus." (João 1:21).

O que significa que Cristo comprou nossa filiação em Deus! Ganhamos o crédito de sermos filhos dEle, porém, com as condições impostas no versículo (em destaque):


1. "Se nós o recebermos". Ou seja, se Cristo reinar e viver em nós!

2. "Se crêssemos em Seu nome." Ou seja, se acreditarmos nEle, em Sua vida e em Sua obra.


Partindo então deste princípio, FILHO de Deus é somente os que crêem em Jesus Cristo, os que o seguem, os que o amam, o adoram. E não era isso que havia em Sodoma e Gomorra. Lá existiam apenas as "criaturas" rebeldes de Deus. Se você fizer uma análise do contexto histórico ali, encontrará estas verdades:

Veja o que a Bíblia diz que Sodoma e Gomorra:

Gen. 13:13 "Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor."

Gen. 18:32 "Então disse o Senhor: Se eu achar em Sodoma dez justos dentro da cidade, pouparei o lugar todo por causa deles."

Isaias 3:9 "O aspecto do semblante dá testemunho contra eles; e, como Sodoma, publicam os seus pecados sem os disfarçar. Ai da sua alma! porque eles fazem mal a si mesmos."

Isaias 23:14 "Mas nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, de sorte que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela como Gomorra." - Este é grave, viu???

Judas 1:7 "assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se prostituído como aqueles anjos, e ido após outra carne, foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno."


Ou seja, todo tipo de corrupção havia ali. E não foi por falta de aviso! Deus disse: "...o pecado de Sodoma e Gomorra tem se multiplicado muito." (Gen.18:20).

Portanto, ali não morreram os filhos de Deus, e sim, "criaturas" de Deus (como quaisquer outras).


Quer saber de outra verdade? A Bíblia por vezes chama aos que praticam males como "filhos do diabo" (com justiça, já que todos têm a oportunidade de ser filhos de Deus e optam por desobedecê-Lo). Veja:


I João 3:10 "Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão."

Atos 13:10 (Paulo exortando um mágico enganador) "disse: ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do Senhor?"


Ou seja, meu caro, partindo então desta premissa, nem todos são filhos de Deus.... existem sim, os filhos do diabo. Como em Sodoma, Gomorra, Salvador, e qualquer lugar existirá.


Eu apelo para que todos aceitem a Jesus Cristo como único Senhor e Salvador, e possa andar segundo a Sua vontade, para que sejamos, juntos como irmãos, felizes no aguardo de sua vinda para nosso resgate ao paraíso eterno, onde Seus filhos morarão.


Espero com este pequeno relato ter ajudado em suas dúvidas, meu caro, e é claro, me coloco à disposição para posteriores esclarecimentos.


Do seu amigo e colega de trabalho.



Pedro Aragão
(Email trocado em maio de 2009)